Falência intestinal (FI) é definida pela redução da função intestinal abaixo do mínimo necessário para a absorção de micronutrientes e/ou água e eletrólitos, a ponto de ser necessário suplementação intravenosa para manter a saúde do indivíduo. O estado de baixa absorção e função intestinal sem necessidade de suplementação intravenosa é considerada insuficiência intestinal (IT).
A nova diretriz descreve os critérios de classificação da doença:
- Classificação funcional:
– tipo I ou uma condição aguda, de curto prazo.
– tipo II ou uma condição aguda prolongada.
– tipo III ou uma potencial condição crônica. - Classificação fisiopatológica:
– intestino curto, fístula intestinal, dismotilidade intestinal, obstrução mecânica e doença da mucosa do intestino delgado. - Classificação clínica:
– baseada em energia calórica e volume da suplementação intravenosa necessária
A diretriz também traz outras definições importantes quando se trata de intestino:
- Síndrome do Intestino Curto (SIC): condição clínica associada aos extenso remanescente do intestino menor que 200cm.
- Insuficiência Intestinal Crônica (IIC): pode ser consequência de doenças gastrointestinais ou sistêmicas benignas, como câncer intra-abdominal ou pélvico.
A nova diretriz de prática clínica da ESPEN traz 112 recomendações, entre elas, manejo e tratamento da falência intestinal crônica, critério de escolha para tratamento hospitalar ou domiciliar, olhar para o tratamento multidisciplinar, níveis de glicose recomendados e manejo de hiperglicemia, recomendação de uso de macro e micronutrientes em fórmulas de dietas enterais e parenterais, recomendações para dieta oral e suplementação oral, entre outros assuntos pertinentes a doença.