Realizar a redução do consumo de ácidos graxos saturados pode ajudar a prevenir o risco de doenças cardiometabólicas, e a substituição por ácidos graxos insaturados traz mais benefícios. Os lipídios plasmático são derivados da ingestão de nutrientes, juntamente com os que ficam armazenados de forma endógena no fígado e no tecido adiposo. Porém, esses lipídios podem ser solubilizados no plasma quando são associados a proteínas, como ácidos graxos livres com albuminas ou com lipoproteínas mais complexas.
Alguns estudos foram realizados, e praticamente todos seguiram a mesma linha de pesquisa para as condutas, eles selecionaram participantes de forma aleatória, separados por idade (entre 21 a 60 anos), sexo, IMC, amostras de sangue, não fumantes, com risco moderado de doenças cardiovasculares, perfis lipídicos em jejum normais, funções renais e hepáticas bons, sem história de DVC ou diabetes no ano antrior à inclusão, sem medicação para hipertensão, não gravidas nem lactantes, sem excessos de atividade física ou consumo de álcool.
Em um outro estudo de intervenção dietética e função vascular (DIVAS) foi realizada uma análise na plataforma lipídica complexa (CLP) que identificou um total de 987 espécies moleculares em amostras de plasmas, posteriormente foram excluídas 101 e restaram 886 espécies, com isso foi visto que os ácidos graxos que estavam nas amostras de formas mais abundância antes da intervenção dietética foram, ácidos palmíticos que atingiram uma estimativa de 16:0, e o oleico 18,1, enquanto o triglicerídeos (TG) e éster de colesterol (CE) foram as classes lipídicas mais abundantes.
Estudos identificaram que ao aplicar uma dieta rica em ácidos graxos saturados por 3 semanas para os participantes, apresentaram níveis plasmáticos mais altos de colesterol e de triglicérides, estando associados a colesterol LDL mais alto. Experimentais mostraram que os ácidos graxos saturados SFAs dietéticos diminuem a expressão hepática do receptor de LDL acarretando o aumento dos níveis circulantes de colesterol LDL.
Cerca de 40 metabólitos lipídicos foram significativamente alterados por pelo menos uma das dietas de ácidos graxos insaturados (UFA) em comparação com a dieta em ácidos graxos saturados (SFA), 22 deles foram afetados por ambos, 26 com a dieta exclusiva rica em ácidos graxos insaturados monoinsaturados (MUFA), 3 exclusivamente por dieta rica em ácidos graxos monoinsaturados e polinsaturados (MUFA/ PUFA). Por fim resultou-se que ao comparar os efeitos da dieta rica em ácidos graxos monoinsaturados e polinsaturados com os da dieta rica em ácidos graxos saturado levou a maiores concentrações de 18:2 em DAG ( escore z = 0,29; SE = 0,06; valor de P < 10 −5 ; dados não tabulados) e TG ( escore z = 0,30; SE = 0,06; valor de P < 10 -5 ; dados não tabulados), sendo mais benéficos em aos metabólitos lipídicos a substituição de ácidos graxos saturados pelos insaturados com dietas ricas em (mono e polinsaturado).
Conclui-se que a substituição de SFAs dietéticos por UFAs levou a modificações positivas dos metabólitos plasmáticos do lipidoma entre adultos podendo ser associados de forma benéfica ao risco de doença cardiometabólica a longo prazo. No geral, mais estudos são necessários para avaliar a força dessas associações e decifrar os papéis potenciais das classes lipídicas e/ou ácidos graxos específicos nessas relações.
